Bad, bad server. No donut for you
O que define um site ou ferramenta como sendo bom ou ruim?
Seria um site bom aquele que se adequa a todas as normas de usabilidade? Que esteja dentro dos padrões da W3C? Fácil de usar? Bonito? Rápido?
Um site com mais de 90 milhões de usuários registrados, onde qualquer pessoa pode facilmente criar uma página, acrescentar fotos e compartilhar informações é um bom site?
E o que dizer de um site recheado de spywares, hoaxes e phishings? Seria ele um site ruim?
Pode parecer até mentira, mas nos dois exemplos acima estamos tratando de um mesmo site, o MySpace.com
Para um usuário a qualidade (ou falta de) muitas vezes é definida de forma subjetiva, que não tem como base argumentos racionais, mas sim a forma como ele enxerga uma série de atributos que para ele são indicadores de algo bom ou ruim.
Para um usuário de conexão discada um bom site é aquele que consegue ser carregado no menor tempo possível, colaborando com a sua pequena taxa de transferência.
Ao mesmo tempo, para um usuário novato, um site tem qualidade quando permite realizar uma tarefa facilmente, partindo do ponto A para o ponto B sem maiores complicações, sem se perder no meio do caminho e sem solicitar a ajuda de ninguém, pouco importando se o site demora 30 segundos ou 2 minutos para carregar.
O fato de um determinado grupo de pessoas acessar o mesmo site não significa necessariamente que todos eles tenham as mesmas necessidades ou expectativas.
No início da operação do Orkut a probabilidade de encontrar a tela de erro “Bad, bad server. No donut for you” era muito maior do que a probabilidade de conseguir acessar alguma coisa; entretanto, apesar de todos os problemas o Orkut conseguiu tornar-se um enorme sucesso.
Esse tipo de contratempo significa que o Orkut era ruim?
Para os usuários do Orkut a percepção de qualidade estava relacionada à possibilidade de (re)encontrar amigos, participar de comunidades, e tudo mais que o site proporciona. O fato de ter que fazer a mesma tarefa dezenas de vezes para conseguir algo era apenas um detalhe.
Conhecer as necessidades de seu cliente, a forma como ele utiliza o site e as razões que o levam a continuar ou deixar de utilizar uma ferramenta é de extrema importância para garantir seu sucesso.
Para quem se interessou pelo assunto recomendo a leitura do livro Design para a internet: projetando a experiência perfeita escrito por Felipe Memória. (não, eu não ganho comissão de nenhum dos dois se você comprar o livro) .
Outro material interessante é um artigo publicado pelo IDG Now! listando os 25 piores sites da internet.
Você concorda com todos? Discorda? Qual sua opinião?
segunda-feira, outubro 02, 2006
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